Por Rev. Robson Marinho
Introdução
João Calvino citou certa vez (1):
O Espírito Santo é responsável por iluminar as mentes e os corações dos filhos de Deus. Ele é soberano, eternamente procedente do Pai e Filho (2) e é o que torna a palavra ensinada em palavra eficaz. Ele é quem regenera, testifica e glorifica a respeito de Jesus
Entender este poder, desta forma, faz com que sejamos menos místicos e entendamos que o Espírito Santo sempre agirá soberanamente de acordo com a Palavra, que a todo tempo glorifica o Filho, que, por sua vez, glorifica o Pai.
Há batismo no Espírito Santo?
Sim e não! Sim como diz a Bíblia, mas não como os místicos demonstram, explicam e industrializam por aí. De acordo com a Bíblia:
Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo
Todos os convertidos foram batizados (cheios/imersos) pelo Espírito Santo. Em Atos 2:38 podemos ver que todos os que se arrependeram – e para isto teriam de crer e a crença depende do Espírito Santo – assim recebem o dom do Espírito Santo.
O Espírito age independente da Palavra?
Não!
Ele aponta e relembra a Palavra, como um guia da verdade! João 16: 13-14
Podemos buscar mais do Espírito Santo?
Sim, mas não como um fim em si mesmo.
Como assim?
Por meio da leitura e da oração, com o desejo de conhecer mais sobre Jesus. Para isto, apenas com o Espírito Santo, em sua soberania, é possível tornar tal ação em algo relacional e verdadeiro.
Paulo ensinou a igreja de Éfeso assim:
Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito.
A própria bíblia dá sua resposta de forma simples e direta.
Ser embriagado significa perder o domínio de si para o domínio do Senhor. Estar centrado em sua vontade (Palavra) e não na nossa. Por isso, embriaguez no sentido de estar fora de si.
Como cita James Innell Packer (3):
sem o Espírito Santo não haveria o evangelho e nem o novo testamento.
1 – Calvin’s Commentaires , vol. 22, 102-3
2 – Catecismo de Westminster, Cap II
3 – O conhecimento de Deus, Editora Vida, p 82-84